Zika: Brasil está diante de epidemia que chama a atenção do mundo, diz ministro

Ministro da Saúde, Marcelo Castro, lembra que o Aedes aegypti circula atualmente em pelo menos 113 países e está no Brasil há cerca de 30 anos  Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Zika: Brasil está diante de epidemia que chama a atenção do mundo, diz ministro

29/01/2016 10h04 Brasília

Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil
Ministro da Saúde, Marcelo Castro

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou hoje (29) que o Brasil está diante de uma epidemia que chama a atenção do mundo, ao se referir ao avanço do vírus Zika no país. A declaração surge um dia após a Organização Mundial da Saúde (OMS) convocar um comitê de emergência para tratar do assunto.

Durante cerimônia de mobilização contra o mosquito Aedes aegypti no próprio prédio do ministério, Castro disse que os servidores da pasta precisam dar o exemplo em primeiro lugar. "Não temos ainda a vacina, o remédio para combater o vírus. O que nos resta é o trabalho cotidiano e ininterrupto para destruir os criadouros do mosquito."

O ministro lembrou que o Aedes aegypti circula atualmente em pelo menos 113 países e está no Brasil há cerca de 30 anos. Para ele, acabar com os criadouros é uma tarefa difícil, mas não impossível. "O governo está fazendo a sua parte. Nunca houve na história deste país uma mobilização tão efetiva", disse. "São fundamentais e mais necessárias ainda a participação e a mobilização da sociedade".

Edição: Talita Cavalcante
Agência Brasil

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Combate ao Zika ajuda a ampliar investimentos em pesquisa e prevenção

29/01/2016 11h39  Brasília
Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil

larvas do mosquito Aedes Aegypti

Países estão se unindo para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus Zika

Arquivo/Agência Brasil


A mobilização de outros países no combate ao vírus Zika ajuda não apenas a conter a disseminação do Aedes aegypti, mas também a ampliar os investimentos em atividades de pesquisa e prevenção. A avaliação é do diretor do departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.

"Quanto mais gente, quanto mais países e investigadores, quanto mais governos e população houver envolvidos no combate à doença, maior a probabilidade de que nós tenhamos nova soluções e resultados positivos", destacou.

Maierovitch lembrou que os avanços científicos mais rápidos já registrados em saúde ocorreram quando o mundo percebeu que havia uma ameaça importante e que eram necessários esforços conjuntos para enfrentá-la. Isso abre caminho, segundo ele, para mais recursos de diferentes partes e para que cientistas se unam em vez de competir.

"Assim como o Brasil está preocupado com o Zika vírus e com a eliminação do mosquito, hoje, o mundo inteiro percebe esse perigo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) chama os países a se mobilizar para reunir recursos que possam combater o mosquito e que possam enfrentar a doença também."

A OMS convocou ontem (28) um comitê de emergência para tratar do aumento de infecções pelo vírus Zika, bem como do registro de casos de anomalias congênitas em bebês e de síndromes possivelmente associadas à doença. O grupo se reúne na próxima segunda-feira (1º) e deve decidir se decreta situação de emergência em saúde pública de interesse internacional.

Edição: Talita Cavalcante
Agência Brasil

Zika pode infectar 4 milhões nas Américas, 1,5 mi só no Brasil, diz OMS

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