Aplicação da Lei Maria da Penha pode ser mais eficaz com juízes de família

Aplicação da Lei Maria da Penha pode ser mais eficaz com juízes de família

31/12/1969

Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM

Se for estendida a competência aos juízes de família para decretar medidas protetivas às mulheres vítimas de agressão, a aplicação da Lei Maria da Penha, que completa seis anos hoje, pode se tornar mais efetiva. Atualmente, apenas os juízes criminais possuem a prerrogativa de decretar as medidas, entre elas a de mandar prender o homem agressor. “Se os juízes de família, que não possuem competência de mandar prender, puderem decretar as medidas protetivas, a mulher saberá que o marido não será preso, isso pode transformar o modo com que a Lei Maria da Penha, que é excelente, é vista pelas mulheres vítimas de violência que a acionam”

A sugestão é do jurista e diretor nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), Rolf Madaleno. Ele explica que quando o agressor descumpre as medidas protetivas, a mulher precisa ir ao juiz criminal levar a informação. A partir desse comunicado da vítima, o juiz decreta a prisão do agressor. Conforme Rolf Madaleno, a prisão do chefe de família agressor é o principal motivo da mulher não voltar ao juiz para informar o descumprimento das medidas protetivas. “A família até quer ver o homem longe, mas não quer que ele seja preso”, afirma.

Porque a Lei falha

A Lei Maria da Penha pune com rigor a violência contra a mulher e iniciou uma mudança na arraigada cultura machista, mas ainda há muito o que ser feito. As falhas na aplicação da Lei começam nos registros imprecisos e desarticulados dos órgãos responsáveis por acolher as denúncias, passam pela falta de estrutura para atendimento das vítimas e culmina na ausência de uma rede de enfrentamento conjunto das instituições.

Os problemas foram constatados pela Comissão Parlamentar Mista, integrada por deputados e senadores, que investiga a violência contra as mulheres. Até o momento, os parlamentares realizaram audiências públicas em nove estados: Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e Alagoas. Conforme a presidente da CPMI, a deputada federal Jô Moraes (MG), também foram promovidas 15 audiências em Brasília.

De acordo com a deputada, a desarticulação das informações nos órgãos responsáveis pelo recebimento das denúncias leva ao desconhecimento e conseqüente falta de controle sobre as medidas tomadas. Ou seja, os registros não permitem verificar se a mulher que fez a denúncia, de fato, passou a ser protegida como manda a Lei.

Sobre a desarticulação entre as instituições, Jô Moraes assinala que, entre os Estados visitados, apenas Minas Gerais vem conseguindo realizar encontros mensais entre os responsáveis. Segundo ela: “Porque não existe uma rede de enfrentamento conjunto e política de financiamento estabelecida, o número de profissionais dedicados à proteção da mulher é muito instável, dificultando a efetividade da Lei Maria da Penha”.

Uma das propostas que a CPMI deve apresentar ao final dos trabalhos, que devem ser encerrados em 180 dias (o prazo final foi prorrogado), é a alteração do processo penal para garantir a aplicação das medidas protetivas às mulheres.


Fonte: IBDFAM

Notícias

Acordo piloto de cooperação na área de patentes

Obama vai assinar com o Brasil acordo na área de análise de patentes 14/03/2011 17:26 Enviado por vinicius.doria, seg, 14/03/2011 - 17:26 InpePesquisa e InovaçãoUSPTOestados unidosobamapatente Alana Gandra Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro - Um acordo piloto de cooperação com o Brasil na...

TST manda sequestrar precatório em favor de idoso com câncer

Extraído de JusBrasil TST manda sequestrar precatório em favor de idoso com câncer Extraído de: Associação dos Advogados de São Paulo - 17 horas atrás Um ex-empregado do estado do Rio Grande do Sul, com 82 anos de idade, portador de câncer de próstata, sem condições financeiras para custear seu...

STJ terá sete novos ministros até o meio do ano

Extraído de JusClip STJ terá sete novos ministros até o meio do ano 14/03/2011 A presidente Dilma Rousseff deve indicar esta semana três novos ministros para o Superior Tribunal de Justiça. Dilma recebeu há um mês, do STJ, três listas tríplices com nomes de advogados que ocuparão o cargo de...

Descoberta de traição após núpcias não enseja anulação do casamento

Extraído de Arpen SP TJ-SC - Descoberta de traição após núpcias não enseja anulação do casamento A 3ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça manteve sentença da comarca de Itajaí, que julgou improcedente o pedido de anulação de casamento ajuizado por uma mulher que descobriu ter sido traída...

Repercussão geral

  STF julgará indulto e suspensão de direitos políticos Os ministros do Supremo Tribunal Federal entenderam que existe repercussão geral na discussão sobre a constitucionalidade ou não da extensão do indulto a medida de segurança decretada em relação a acusado considerado perigoso e submetido...

Distribuidora não pode vender a posto de concorrente

Extraído de domtotal 10/03/2011 | domtotal.com Distribuidora não pode vender a posto de concorrente Postos que firmam contrato de exclusividade com uma distribuidora de combustíveis estão obrigados a adquirir e revender os produtos apenas da empresa contratante. A decisão é da 15º Vara Federal do...