Mãe e filhos registram em cartório desejo de doar os corpos após a morte

Mãe e filhos registram em cartório desejo de doar os corpos após a morte para curso de medicina

Publicado em: 24/10/2017

Uma mãe e dois filhos registraram em um cartório de Curitiba o desejo de doar os próprios corpos após a morte, para estudos do curso de medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Segundo a UFPR, os corpos de Miris Mozzilli, de 80 anos, e dos filhos Miguel Mozzilli, de 60 anos, e Marcelo Mozzilli, de 52, serão futuramente utilizados nas pesquisas da disciplina de "anatomia prática com dissecação", que já esteve ameaçada de acabar devido a escassez de cadáveres disponíveis para estudo.

Os três familiares legalizaram a doação com uma procuração, registrada no dia 28 de setembro.

A professora Djanira Aparecida da Luz Veronez, do Departamento de Anatomia da UFPR, conta que a universidade possui 24 cadáveres humanos para estudos dos cursos da área de saúde humana. Segundo a professora, o departamento recebe, em média, dois cadáveres humanos por ano. O ideal, de acordo com Djanira, seriam 20 doações por semestre.

Djanira afirma que os corpos doados podem ser utilizados por até 20 ou 30 anos para estudos.

Miguel Mozzilli diz estar satisfeito por poder ajudar de alguma maneira, na formação dos estudantes, com a doação.

Doação

De acordo com a universidade, as doações de corpos humanos para a utilização podem ocorrer de forma voluntária, com procuração registrada em cartório pelo doador ainda vivo, como no caso de Miris e dos filhos, ou ainda por familiares de pessoas falecidas que tenham manifestado o desejo de doar, mas por algum motivo, não tenham registrado oficialmente em vida.

Após a doação, segundo a UFPR, os cadáveres são recebidos por profissionais especialistas que retiram o sangue e inserem produtos químicos que fixam os tecidos biológicos. Depois, o corpo é colocado em substância conservante, por seis a sete meses.

Fonte: G1
Extraído de Recivil

Notícias

Tribunal nega registro civil tardio de casamento de bisavós

Tribunal nega registro civil tardio de casamento de bisavós 20/07/2021 Prova de existência de filhos não é suficiente. A 5ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve decisão do juiz Seung Chul Kim, da 1ª Vara Cível de Cotia, que negou pedido de registro tardio de...

Inseminação caseira: Veja impacto jurídico da prática não regulada no país

Reprodução assistida Inseminação caseira: Veja impacto jurídico da prática não regulada no país Recente decisão do STJ, reconhecendo dupla maternidade em caso de inseminação caseira, denota a urgência do tema. Da Redação segunda-feira, 4 de novembro de 2024 Atualizado às 09:56 Registrar o...