ONU: 4,3 bilhões de pessoas não acessam a internet

ONU constata que 4,3 bilhões de pessoas não acessam a internet

24/11/2014 16h38  Brasília
Da Agência Lusa

Cerca de 4,3 bilhões de pessoas não têm acesso à Internet, mais do que os 3 bilhões que utilizam regularmente a rede mundial, segundo relatório de uma agência das Nações Unidas (ONU) divulgado hoje (24). Apesar do claro aumento da utilização da Internet, estimado em 6,6% para este ano em todo o mundo, as tecnologias de informação não chegam à maior parte da população mundial, 90% dos quais vivem em países em desenvolvimento, segundo o relatório anual da União Internacional de Telecomunicações (UIT).

Os excluídos estão principalmente em zonas rurais de países em desenvolvimento, mesmo tratando-se de zonas que nos últimos cinco anos duplicaram o número de usuários. Em 2014, segundo o documento, 44% dos lares do mundo tinham acesso à internet, acima dos 40% registados em 2013 e dos 30% em 2010.

Mas a distribuição é desigual. Nos países desenvolvidos, 78% dos lares têm acesso à rede. Nos países de rendimentos médios e baixos são apenas 31% e nos países mais pobres 5%. “É errado pensar que todo o mundo está conectado”, escrevem no relatório os analistas da UIT.

O relatório aponta, por outro lado, o aumento do fosso de conectividade entre zonas urbanas e rurais, não apenas nos países em desenvolvimento, como também em alguns dos países mais ricos. Em países como Japão e Coreia do Sul, a diferença de penetração da internet nos lares urbanos é 4% superior à das áreas rurais, uma diferença que pode chegar aos 35% em países como Colômbia ou Marrocos.

Segundo o ranking da UIT, a Dinamarca é o país com mais alto nível de desenvolvimento de tecnologias de informação, em termos de acesso, utilização e conhecimento, seguida, pela ordem, da Coreia do Sul, Suécia, Islândia, do Reino Unido, da Noruega, Holanda, Finlândia, de Hong Kong e Luxemburgo.

Agência Brasil

______________________________

Entidade ligada à ONU diz que preços da internet e do celular são muito altos

24/11/2014 17h23  Brasília
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil  Edição: Beto Coura

Um estudo divulgado hoje (24) pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) mostra que a cesta de serviços de telefonia celular no Brasil custa US$ 48,32, cerca de R$ 123. O valor considera um pacote mensal com 30 ligações, entre chamadas feitas para a mesma operadora, para outras empresas e para telefones fixos, além de 100 mensagens de texto por mês.

Considerando o valor da telefonia celular em relação à renda da população, o Brasil está em 119º lugar entre 166 países. O gasto médio da população brasileira com telefonia celular é 4,96%.

Em relação ao acesso à internet, o estudo aponta que os planos de banda larga fixa são acessíveis para cerca de 80% da população no Brasil. Por outro lado, 44% das casas com computador não tinham internet em 2013, por considerar o serviço muito caro. O custo da banda larga para a população mais pobre tem peso 20 vezes maior do que o preço do serviço para os mais ricos.

Na lista que mede itens como acessos e percentual de pessoas usando a internet, o Brasil passou da 67ª posição em 2012 para a 65ª posição no ano passado. Em primeiro lugar aparece a Dinamarca. Na avaliação sobre a telefonia fixa, o Brasil aparece em 110º lugar, com um custo de US$ 24,34 por uma assinatura com 30 minutos de ligações locais.

O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil) contestou os números da UIT. Segundo a entidade, a diversidade de planos oferecidos pelas operadoras de telefonia faz com que o preço real do minuto de ligação seja bem mais baixo do que o apontado pela entidade internacional.

“Caso os valores apontados pela UIT estivessem corretos, a conta média do brasileiro, que gasta em média 132 minutos por mês, seria cerca de R$ 180, ou seja, 25% do salário mínimo. Dados do IBGE mostram que o gasto das famílias com celular é de cerca de 1% da renda. Quem ganha até R$ 830, por exemplo, tem um gasto de R$ 7 por mês com o celular”, aponta o SindiTelebrasil.

A entidade apresentou um outro estudo feito pela consultoria Teleco, em 18 países, mostrando que o preço do minuto do celular no Brasil é oito vezes menor do que o apontado pela UIT. A diferença de preços pode ser explicada pela metodologia utilizada pela UIT, que utiliza os planos homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que, segundo o SindiTelebrasil, são uma espécie de preço máximo do minuto da telefonia móvel, e não os valores efetivamente praticados no mercado brasileiro.

O presidente do SindiTelebrasil, Eduardo Levy, diz que foram feitas reuniões com a UIT para pedir modificações na metodologia de pesquisa da agência internacional. “A UIT tem um método de pegar as informações nos sites das agências reguladoras e não leva em consideração as promoções e o dia a dia do Brasil”, argumenta. Como a UIT é vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), a mudança no método precisa ser aprovada por todos os países integrantes da organização.

Agência Brasil

Notícias

Compreensão do processo

  Relações de trabalho exigem cuidado com contrato Por Rafael Cenamo Juqueira     O mercado de trabalho passou por determinadas alterações conceituais nos últimos anos, as quais exigiram do trabalhador uma grande mudança de pensamento e comportamento, notadamente quanto ao modo de...

Portal da Transparência

CNJ lança Portal da Transparência do Judiciário na internet Quinta, 20 de Janeiro de 2011     Informações sobre receitas e despesas do Poder Judiciário federal estão disponíveis no Portal da Transparência da Justiça (https://www.portaltransparencia.jus.br/despesas/), criado pelo Conselho...

Dentista reclama direito a aposentadoria especial

Quarta-feira, 19 de janeiro de 2011 Cirurgião dentista que atua no serviço público de MG reclama direito a aposentadoria especial Chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) Reclamação (Rcl 11156) proposta pelo cirurgião dentista Evandro Brasil que solicita o direito de obter sua aposentadoria...

OAB ingressará com Adins no STF contra ex-governadores

OAB irá ao Supremo propor cassação de pensões para os ex-governadores Brasília, 17/01/2011 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, afirmou hoje (17) que a OAB ingressará com ações diretas de inconstitucionalidade (Adins) no Supremo Tribunal Federal contra todos...

Desmuniciamento de arma não conduz à atipicidade da conduta

Extraído de Direito Vivo Porte de arma de fogo é crime de perigo abstrato 14/1/2011 16:46   O desmuniciamento da arma não conduz à atipicidade da conduta, bastando, para a caracterização do delito, o porte de arma de fogo sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar....

Prática de racismo no ambiente de trabalho

Extraído de JusBrasil Apelidos racistas no ambiente de trabalho geram danos morais Extraído de: Direito Vivo - 38 minutos atrás   Na Justiça do Trabalho de Minas ainda é grande a incidência de processos que denunciam a prática de racismo no ambiente de trabalho. Mas a sociedade moderna e as...