Pai tenta registrar filha com nome incomum

Pai que quer registrar filha com nome incomum já tentou em três cartórios de Curitiba; até agora nada

A tentativa de Alexandre Salomé em registrar o nome da terceira filha dele, nascida na terça-feira da semana passada, ganhou mais um capítulo nesta quarta-feira (13). Oito dias depois, Hyzaboh já está em casa com a família, mas segue sem registro. Segundo Alexandre, dois outros cartórios, um de Curitiba e outro de Pinhais, região metropolitana da capital, não quiseram realizar o registro, com isso, já são três tabelionatos que não aceitaram o nome Hyzaboh.

"Fui a um cartório em Pinhais perto de casa hoje de manhã e não quiseram registrar. Anotaram num papel o nome dela para levar ao promotor para analisar, mas com certeza é capaz de que ele não vai querer. Eles não querem registrar com este nome, mas eu vou bater o pé até o final, não vou arredar", detalhou Alexandre à Banda B.

Alem do cartório de Pinhais, o pai de Hyzaboh esteve presente em um tabelionato de Curitiba, aonde havia registrado as outras duas filhas, que também tem nomes incomuns: Ayniha e Raihana "Fui lá neste cartório, mas também rejeitaram, alegando que tem um mapeamento feito para o registro e, com isso, não posso fazê-lo em cartórios de Curitiba, apenas em Pinhais, onde moro atualmente", explicou.

Agora, Alexandre espera a resposta do promotor e afirma que, caso necessário, vai entrar na justiça para conseguir registrar sua menina como Hyzaboh.

Relembre o caso

Na terça-feira da semana passada nascia, no Hospital Evangélico, em Curitiba, a terceira filha de Alexandre Salomé. Dois dias depois do nascimento o bebê ainda não havia sido registrado, já que o cartório localizado no hospital não aceitou fazer o registro, uma vez que o nome escolhido pela família, Hyzaboh, foi considerado incomum.

"Não consegui registrar o nome, cheguei ao cartório e falaram que não existia registro no computador. Daí a moça pediu para eu entrar em contato com outro tabelionato e passaram o telefone de dois outros cartórios, só que ainda não fui, mas sinceramente não entendi, qual o problema do nome? Não é constrangedor nem nada", disse na época Alexandre à Banda B.

No Brasil, existe uma lei permitindo que os cartórios não aceitem os registros de nomes considerados exóticos ou constrangedores.

Ainda de acordo com Alexandre, o nome Hyzaboh faz referências a um personagem do filme "O Feitiço de Átila". A personagem é uma mulher que tem a capacidade de se transformar em ave. Um detalhe é que a grafia correta da personagem é Isaboh, no entanto, Alexandre não abre mão e quer registrar a filha como Hyzaboh, com esta grafia.


 

Fonte: O Estado do Paraná - Online
Publicado em 14/07/2011

Extraído de Recivil

 

Notícias

União estável pós-morte deve ser julgada no último domicílio do casal

Direitos sucessórios União estável pós-morte deve ser julgada no último domicílio do casal 19 de dezembro de 2024, 12h31 No recurso especial, a mulher alegou que a competência seria do juízo do domicílio do réu apenas se nenhuma das partes morasse no lugar do último domicílio do suposto...

Reforma do Código Civil, regime de bens dos cônjuges e sociedades empresárias

Opinião Reforma do Código Civil, regime de bens dos cônjuges e sociedades empresárias Maria Carolina Stefano Pedro Gabriel Romanini Turra 13 de dezembro de 2024, 6h31 O Código Civil Brasileiro, em seu artigo 977, estabelece que “faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com...

TJ/MT vê apartamento como bem familiar e determina impenhorabilidade

Penhora TJ/MT vê apartamento como bem familiar e determina impenhorabilidade Colegiado entendeu que imóvel é usado como residência familiar, garantindo sua proteção como bem de família. Da Redação segunda-feira, 9 de dezembro de 2024 Atualizado em 10 de dezembro de 2024 08:32 A 4ª câmara de Direito...

Busca e apreensão de idoso é justificável se ele quiser mudar de lar

Troca de família Busca e apreensão de idoso é justificável se ele quiser mudar de lar Paulo Batistella 5 de dezembro de 2024, 10h31 O juiz também determinou que uma equipe de assistência social do município realize, em até 15 dias, um estudo psicossocial em face das partes e das residências de...