"Internet no Brasil é vulnerável a espionagem"

João Resende, presidente da Anatel 

15/10/2013 - 16h40 CPIs - Espionagem - Atualizado em 16/10/2013 - 09h58

Presidente da Anatel: internet no Brasil é vulnerável a espionagem

Da Redação 

O presidente da Anatel, João Rezende, admitiu, durante audiência na CPI da Espionagem, nesta terça-feira (15), que existe vulnerabilidade na segurança dos dados que trafegam pela internet no país. Mas descartou cooperação de empresas brasileiras com os Estados Unidos no esquema de espionagem.

Rezende explicou que os contratos firmados pelas teles nacionais não preveem envio de dados de clientes brasileiros para autoridades norte-americanas.

Todas as informações que foram trazidas à Agência mostram que não há colaboração de empresas brasileiras com esse processo de espionagem. Evidentemente que são dados que estão sendo colhidos e analisados tanto pela Agência Nacional de Telecomunicações quanto pela Polícia Federal. Do ponto de vista das respostas dadas pela Agência, o sistema respeita todos os critérios de segurança e de gestão da segurança da rede – disse.

O diretor de inteligência da Polícia Federal, João Iegas, ouvido na mesma audiência, afirmou que o inquérito aberto para investigar as denúncias não vai avançar sem o depoimento do autor das denúncias, o ex-analista de inteligência do governo norte americano, Edward Snowden. Iegas quer confirmar se houve a violação dos dados e de que maneira o crime foi cometido.

– É uma das vertentes, não que estejamos reféns da oitiva do Snowden. Mas sem dúvida nenhuma é uma providência importante porque ele certamente pode ter conhecimentos de alguns detalhes técnicos que facilitariam e trariam novos elementos ao inquérito policia, obervou Iegas.

Snowden

O relator da CPI da Espionagem, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) confirmou para quinta-feira uma reunião com o embaixador da Rússia no Brasil para tratar da oitiva de Edward Snowden. Ex-técnico da agência de segurança americana, a NSA, Snowden revelou a existência de programas secretos norte-americanos de interceptação de dados eletrônicos e telefônicos em todo o mundo. Ferraço esclareceu que se a CPI conseguir a autorização do governo russo para fazer uma teleconferência com Edward Snowden terá a possibilidade de questioná-lo diretamente, sobre os mecanismos e informações adicionais necessárias para que as investigações possam evoluir.

A presidente da CPI, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM) destacou que a Comissão Parlamentar de Inquérito da Espionagem vai apresentar um projeto de lei para criar uma agência que reúna todos os envolvidos nos processos de comunicação e informação.

 

Reportagem de Hérica Christian, da Rádio Senado

Agência Senado

 

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