Vai a Plenário projeto que busca proteger alunos da presença de estranhos em escolas

Pedro França/Agência Senado

Vai a Plenário projeto que busca proteger alunos da presença de estranhos em escolas

Gorette Brandão | 12/05/2015, 13h59

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou nesta terça-feira (12) projeto que obriga as escolas públicas de educação básica a registrarem, no ato da matrícula, os nomes das pessoas autorizadas a ingressar no estabelecimento de ensino para tratar de interesses do aluno, além dos próprios pais ou representantes legais. O objetivo é ampliar o controle de acesso, evitando a presença de gente estranha no ambiente escolar.

Os senadores optarem por manter o texto original do senador Paulo Bauer (PSDB-SC), o Projeto de Lei do Senado (PLS) 572/2011, no lugar do substitutivo em exame (SDS 7/2015), que foi proposto pela Câmara dos Deputados quando a matéria tramitou naquela Casa. Agora a matéria seguirá ao Plenário, para decisão final.

Há apenas uma pequena diferença de redação entre o texto original e o do substitutivo. Nesse, os demais autorizados a ingressarem na escola para tratar de assuntos de interesse do aluno seriam também obrigados a manter seus dados atualizados durante o ano letivo, e não apenas os pais.

A relatora da matéria, senadora Ana Amélia (PP-RS), ao defender o texto original, considerou desnecessária a exigência. Segundo ela, caso a lista elaborada no ato da matrícula fique desatualizada, os responsáveis principais “sentirão, pelas próprias circunstâncias, a necessidade de realizar as alterações pertinentes”.

Controle

A proposta insere alteração no texto do Estatuto da Criança e do Adolescente. No debate, Ana Amélia salientou que a matéria propõe uma medida simples e ao mesmo tempo relevante para aumentar a segurança dos estudantes.

Bauer disse que sua intenção foi exatamente contribuir com a segurança dos alunos e que decidiu apresentar o projeto logo depois do episódio da chacina de crianças de uma escola Tasso de Oliveira, no Rio de Janeiro. O autor foi Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, que invadiu a escola armado com dois revólveres e começou a disparar contra os alunos presentes, matando doze deles.

O senador disse que, em um dos dois mandatos que exerceu como secretário de Educação de Santa Catarina, ele já havia adotado  a exigência de identificação das pessoas a ingressarem nas escolas darede básica estadual. A seu ver, a tendência é a de a medida seja adotada em toda rede privada de educação.

Agência Senado

 

_______________________________________

CE aprova obrigatoriedade de escolas terem listas de autorizados a entrar

12/05/2015, 14h05

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado concluiu nesta terça-feira (12/05) a votação de um projeto que limita o acesso à escolas aos familiares e pessoas autorizadas. A proposta foi motivada por uma tragédia em Realengo, no Rio de Janeiro, em 2011. A matéria segue apreciação do Plenário do Senado. Mais informações com o repórter Roberto Fragoso, da Rádio Senado.

 

 

 

 

 

 

 
 
00:0001:49

 

Opções: Download

 

Notícias

Planejamento sucessório: o risco da inércia da holding

Planejamento sucessório: o risco da inércia da holding No universo do planejamento sucessório, a ferramenta que certamente ganhou mais atenção nos últimos tempos foi a holding. Impulsionada pelas redes sociais e por um marketing sedutor, a holding tornou-se figurinha carimbada como um produto capaz...

Bloqueio de imóvel pela Justiça agora é seletivo: veja o que mudou

Bloqueio de imóvel pela Justiça agora é seletivo: veja o que mudou Novo sistema dos cartórios permite aos juízes escolher os bens de acordo com o valor para serem bloqueados, cobrindo apenas o valor da dívida Anna França 30/01/2025 15h00 • Atualizado 5 dias atrás O avanço da digitalização dos...

Extinção de processo por não recolhimento de custas exige citação da parte

Recurso especial Extinção de processo por não recolhimento de custas exige citação da parte 26 de janeiro de 2025, 9h52 O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte manteve a decisão de primeiro grau. Os autores, então, entraram com recurso especial alegando que deveriam ter sido intimados...