Multas de trânsito poderão financiar carteira de motorista para mais pobres
26/02/2013 10:30
26/02/2013 - 10h17 Projetos - Atualizado em 26/02/2013 - 10h17
Projeto usa multas de trânsito para financiar carteira de motorista para mais pobres
Da Redação
O senador Clésio Andrade (PMDB-MG) apresentou um projeto de lei que utiliza as multas de trânsito para financiar a carteira de motorista para os mais pobres (PLS 38/2013). Presidente da Confederação Nacional do Transporte, ele ressalta que o objetivo é permitir que as pessoas de baixa renda possam trabalhar como motoristas profissionais.
Ao defender a medida, Clésio apontou o elevado custo para se obter uma carteira. Ele afirma que tanto um condutor amador de categoria B que queira obter uma carteira profissional de categoria C ou D como o motorista profissional que queira migrar entre as categorias C, D e E tem de gastar cerca R$ 1,6 mil com cursos e documentação. Sua proposta define como baixa renda as pessoas com renda mensal de no máximo três salários mínimos.
O senador argumenta que, além de oferecer qualificação a pessoas que de outra forma estariam desempregadas ou subempregadas, o projeto pode atender setores que precisam de mão de obra qualificada. Como exemplo, o senador cita a própria área na qual atua: segundo ele, há no setor transportador uma demanda por 40 mil vagas para motoristas habilitados e, se nada for feito, “existe a expectativa de um apagão de mão de obra no setor”.
Os recursos para financiar a aquisição da carteira teriam origem nas multas de trânsito, que já são utilizadas para financiar as seguintes atividades: sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito. Para incluir nessa lista a carteira de motorista, o projeto altera o artigo 320 do Código Brasileiro de Trânsito (CBT).
Apresentado na semana passada, o projeto está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ), onde aguarda decisão terminativa – ou seja, se for aprovado, poderá ser enviado diretamente à Câmara dos Deputados, sem ter de passar pelo Plenário do Senado, a não ser que haja recurso de algum senador para isso.
Agência Senado